A VERDADE SOBRE AS DITADURAS E O 1º DE MAIO E CLT
01/05/2018 12:58 em JUSTIÇA

Em 1º de maio de 1940, Getúlio Vargas assinou o decreto-lei criando o mínimo no estádio de Futebol do Vasco da Gama,  que variava entre 90 mil reis, no interior do Nordeste, e 240 mil reis, nas grandes cidades. A remuneração deveria ser capaz de cobrir as necessidades mínimas de uma família de quatro pessoas. No ano seguinte, na mesma data e no mesmo local, o presidente assinou a criação da Justiça do Trabalho e, em 1943, foi a vez da assinatura da CLT, incluindo os direitos trabalhistas na legislação brasileira.

No 1º de maio de 1962, o presidente João Goulart discursou para os trabalhadores em Volta Redonda, cidade-sede da CSN. Ele apresentou aos brasileiros os planos das suas “reformas de base”. No palanque, ao lado do presidente da siderúrgica, o almirante Lúcio Meira, Jango defendeu a urgência das “reformas agrária, bancária, eleitoral e tributária, e a difusão do crédito para a indústria, a agricultura e o comércio, e a regulamentação da remessa de lucros”, conformou O GLOBO noticiou em sua manchete na ocasião. Dois meses depois, o trabalhador também foi lembrado por Jango quando, em 13 de julho de 1962, assinou a Lei 4.090 criando a gratificação natalina. Conhecida como décimo terceiro salário, uma conquista da classe trabalhadora, a gratificação inicialmente não contemplava todos. Só em 22 de dezembro de 1986 o presidente José Sarney assinou decreto que estendeu o benefício aos funcionários públicos, conforme O GLOBO estampou em sua manchete no dia seguinte.

Durante a ditadura militar (1964-1985), os presidentes também aproveitavam as comemorações do 1º de maio para divulgar mensagens aos trabalhadores brasileiros. No auge dos anos de chumbo e da repressão ao movimento sindical no país, o presidente Médici afirmou, em sua mensagem de 1972, que o governo lutava “pela dignificação dos que trabalham, pelo fortalecimento de um sindicalismo autêntico e pelo crescente bem-estar da família operária”.

Depois da assinatura da Lei da Anistia pelo presidente João Figueiredo em 1979, atentados a bomba de grupos de extrema direita, contrários à lenta abertura política, ocorreram em várias cidades do país. Em 1981, durante o show do 1º de maio, houve o atentado do Riocentro. Enquanto 20 mil pessoas assistiam ao espetáculo, promovido pelo Centro Brasil Democrático (Cebrade) para comemorar o Dia do Trabalho e protestar contra a ditadura, no estacionamento uma bomba explodiu no interior de um Puma, matando o sargento do Exército Guilherme Pereira do Rosário e ferindo o capitão Wilson Luís Chaves Machado, que servia no DOI-CODI.

Criado em 1889, em Paris, o Dia do Trabalho homenageia operários que protestaram em Chicago, três anos antes, por melhores condições de trabalho. As manifestações foram duramente reprimidas pela polícia e resultaram em prisões, feridos e até mortes

Como viram no relato da histíria a repressão, perseguições e torturas não ocorriam necessariamente contra as classes trabalhadoras, sindicatos  ou cidadãos.  e sim com pequenos grupos de desocupados que visava desestabilizar á lei e á ordem e com isso obter notoriedade política.   

 

Fonte Agência Nacional

 

 

 

 

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