Dirigentes partidários das tradicionais legendas do país, deputados da comissão da reforma política da Câmara articulam aprovar até setembro no Congresso uma proposta para as eleições gerais de 2018 que misture um fundo bilionários com recursos públicos para bancar as campanhas juntamente com a adoção da lista pré-ordenada de candidatos.
Nesse sistema, os eleitores não votam diretamente em candidatos, mas em nomes escolhidos por uma ordem estabelecida pelo próprio partido.
Os parlamentares avaliam que esse "combo" eleitoral vai permitir o barateamento das campanhas no próximo ano.
Estimativas indicam que o custo desse novo modelo eleitoral giraria em torno de 2 bilhões a 3 bilhões de reais, menos, por exemplo, que a despesa da última campanha geral de 2014, de 5,1 bilhões de reais --valor esse não corrigido pela inflação do período.
A primeira constatação feita por deputados da comissão, dirigentes partidários e até mesmo por ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é que será impossível o retorno das doações de empresas para a disputa de 2018.
Primeiro porque o Supremo Tribunal Federal (STF) já declarou em setembro de 2015 que esse tipo de repasse para candidatos e partidos é inconstitucional.
Segundo porque o Congresso, em meio ao mega escândalo de corrupção desbaratado pela operação Lava Jato envolvendo esquemas de caixa 2 e corrupção em doações de empresas, não tem força política para aprovar uma emenda constitucional que permitisse liberar essa situação.
FONTE : Agência Reuters