Presidente Michel Temer e bancada do PSDB quer manter no texto da reforma trabalhista o fim da contribuição sindical obrigatória, afirmou nesta terça-feira (16) o senador tucano Ricardo Ferraço (ES), relator da reforma na Comissão de Assuntos Sociais e na Comissão de de Assuntos Econômicos do Senado.
Na tarde desta terça, Temer se reuniu no Palácio do Planalto com a bancada do PSDB no Senado. Compareceram 9 dos 11 senadores do partido, além do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
A extinção da contribuição sindical obrigatória é um dos pontos polêmicos no texto da reforma trabalhista, que precisa passar pelo crivo de três comissões no Senado antes da votação em plenário. Segundo as centrais sindicais, a extinção do pagamento obrigatório aos sindicatos tirarão das agremiações R$ 6 bilhões anuais, enfraquecendo as representações trabalhistas.
A reforma torna optativa a contribuição sindical. No texto, no entanto, não há previsão de como passará a ser a atuação das agremiações – se os sindicatos passarão a representar toda a categoria profissional, como atualmente, ou apenas os funcionários sindicalizados.
“É fundamental e inegociável a manutenção da contribuição sindical optativa. Não temos nenhuma disposição de modificar manter o texto da Câmara. O sinal do presidente da república em relação a esse ponto é igual ao nosso”, afirmou Ferraço.
Nesta quarta-feira, haverá uma reunião entre técnicos do governo e senadores das comissões do Senado que apreciarão a reforma a fim de se discutir o que fazer com pontos polêmicos a serem modificados na proposta sem que o texto precise voltar para a Câmara. Isso atrasaria o cronograma previsto pelo governo – se os senadores fizeram mudanças, o texto tem de voltar para a Câmara para nova análise dos deputados.
FONTE:G1/Brasília