O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, disse em vídeo divulgado em suas redes sociais nesta sexta-feira que não tem conhecimento de que apoiadores tenham financiado o envio em massa de mensagens pelo WhatsApp contra o petista Fernando Haddad, seu rival no segundo turno da corrida presidencial, e pediu que, se houver aliados fazendo isso, que parem de fazer.
“Se por ventura alguém estiver fazendo trabalho sobre isso —empresários, alguém que tenha recurso— peço para não fazê-lo porque está previsto em lei que esse tipo de propaganda não é admissível”, disse o capitão reformado do Exército, que afirmou que sua campanha não tem recursos para utilizar este tipo de ferramenta.
“Conhecimento nenhum meu. Nós não precisamos disso. O PT por si só, você falar a verdade sobre ele, é o suficiente para você, com toda a certeza, sair vitorioso de uma campanha”, disparou.
Na quinta-feira, o jornal Folha de S.Paulo publicou matéria que afirma que empresários teriam financiado o envio em massa de mensagens pelo WhatsApp contra a campanha petista, o que configuraria caixa dois e financiamento ilegal de campanha.
O PT entrou com ação contra Bolsonaro por conta desta denúncia no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Haddad afirmou que o segundo turno da eleição deveria ser entre ele e o candidato do PDT, Ciro Gomes, que terminou o primeiro turno na terceira posição.
Quanto a sua participação em debates,Bolsonaro citou esses dois fatores —restrições médicas e preocupação com a segurança— para justificar que “dificilmente” participará de debates no segundo turno.
“Temos a questão do meu estado de saúde ainda, estou com restrições. E por outro lado pesa o fator segurança. Então, baseado nisso, dificilmente eu comparecerei a debates.”
Na véspera, o presidente do PSL, Gustavo Bebianno, havia anunciado que Bolsonaro não participará de debates no segundo turno.
Fonte: Agência Reuters