Eles são um dos fenômenos políticos do momento nos Estados Unidos. Os socialistas democráticos (DSA, na sigla em inglês para Socialistas Democráticos da América) passaram de 5.000 membros para 52.000 entre 2015 e 2018. E continuam crescendo.
Eles alcançaram esse feito sendo associados a um rótulo com a pior imagem na história política dos EUA: o socialismo.
"Temos visto picos no aumento das filiações: aumentaram quando Trump ganhou a eleição, quando assumiu o cargo e, praticamente, toda vez que o governo tomou uma decisão muito opressiva ou incomodou muita gente nos últimos dois anos", explica à BBC News Mundo Kristian Hernandez, copresidenta da DSA do norte do Texas.
Mas o socialismo democrático pregado pelo grupo não é a defesa de um Estado socialista. O que essa ala mais à esquerda do Partido Democrata propõe são medidas que regulem a economia americana de maneira democrática, fazendo, por exemplo, as grandes empresas agirem a favor dos interesses da população; eles também querem aumento real do salário mínimo e melhorar a igualdade social com o Estado oferecendo saúde e educação gratuitas.
Nas eleições legislativas de meio de mandato nesta terça, 6, os socialistas democráticos terão 64 candidatos, dos quais 5 tentarão uma cadeira no Congresso Federal, 1 disputará a vaga de governador e 25 concorrerão a cadeiras nos parlamentos estaduais.
Eles não foram nomeados, no entanto, sob a sigla DSA, mas como candidatos do Partido Democrata, em cujas eleições primárias participaram e triunfaram.
Algumas dessas vitórias causaram enorme surpresa.
É o caso, por exemplo, da latina Alexandria Ocasio-Cortez, uma "millenial" (como são chamados os que nasceram entre os anos 1980 e 1995) que conseguiu a candidatura por Nova York à Câmara de Representantes.
A jovem de 28 anos se impôs a Joe Crowley, que ocupa uma cadeira no parlamento desde 1999 e foi visto como um possível substituto de Nancy Pelosi como porta-voz dos democratas no Congresso.
Ocasio fez campanha sem aceitar contribuições de grandes empresas, com muito ativismo social e gastando menos de um quarto do orçamento de seu concorrente.
Se ela vencer as eleições, se tornará a mulher mais jovem a ocupar um assento na Câmara dos Representantes.
FONTE:Agência de notícias/BBC New